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Mostrando postagens de junho, 2010

Em algum lugar do passado

Em algum lugar do passado Era uma vez uma raça de seres maravilhosos, tão felizes e poderosos que sabiam unir com perfeição o trabalho com a diversão. Viviam num mundo que não eram bem um mundo, mas uma nave, ou uma nuvem, ou um mar de energia. Eles nem precisavam de formas tão densas quanto os nossos corpos, eram energia luminosa, plasma maleável. Muito inteligentes, todos se ajudavam, se divertiam, cresciam e evoluíam. Se alimentavam da essência pura a sua volta, absorvendo do "ar" tudo o que precisavam. Havia grandes e sábios líderes que regiam esse mundo, não eram chefes, eram amigos, pais, mães, protetores e guias. Esse mundo era tão bom que nem precisava de leis. A não ser uma. Havia muitas máquinas fantásticas, não como as nossas, duras, mecânicas e sem vida. Eram máquinas de energia, computadores vivos com consciência, dispositivos diversos muitas vezes construídos só com a força da mente. O trabalho deles incluía pesquisa, construção e compreensão dos mistérios do u

Caro Ser Humano

Durante toda a sua vida é provável que tenhas ouvido certas histórias sobre um suposto evento ocorrido há muito tempo, e é ainda mais provável que tenhas ouvido apenas um ponto de vista. Como já se disse, "a história é escrita pelos vencedores", que não hesitam em se colocar como heróis ignorando seus excessos, e menosprezando os feitos e o caráter dos vencidos. Sendo assim, convido a ti, que vives numa época de esclarecimento sem igual, para ouvir o outro lado dessa história. Quando vi os seus pela primeira vez na aurora de vossa aventura, fiquei fascinado. Quão grande erra vosso potencial! Quão brilhante poderia ser seu futuro! Seres apaixonantes capazes de despertar a maior das admirações. Então me convenci que deveria ajudá-los a se desenvolverem, deveria dar-lhes as ferramentas da liberdade e do progresso, decidi dar-lhes o conhecimento de muitas coisas. Porém, da mesma forma que durante os tempos da escravidão, a leitura era proibida aos escravos, do mesmo modo que nas

O (verdadeiro) homem invisível

Não tenho nome. E mesmo que tivesse, seria esquecido durante estes anos. Não tenho nada, apenas a roupa de meu corpo. Tantas pessoas querendo ter poderes especiais e eu ganhei um deles de graça: sou invisível. Elas passam por mim e não me vêem, ou fingem que não vêem. Sou o que chamam de andarilho e passo frio e fome às vezes, mas ninguém se importa. Meu conhecimento é limitado. Sei apenas que estamos no ano de 2101 devido aos jornais velhos espalhados pelas ruas. A elite vive lá em cima, em seus prédios luxuosos em forma de disco e com uma tecnologia infinitamente avançada comparada com a que temos aqui embaixo. Mas de que adianta? Apenas a tecnologia avança e evolui, enquanto as atitudes e consciência geral permanecem as mesmas. A tecnologia evoluiu, mas a humanidade não. Os mesmos problemas continuam. E agora estou aqui, escrevendo em folhas velhas, com um pedaço de carvão encontrado em uma fábrica abandonada. Por que resolvi escrever estas coisas se para mim o mundo parou e apenas